Tatuetê (Dasypus novemcinctus)


É um desdentado da família dos dasipodídeos. Mora no fundo de um túnel, escavado com as fortes garras, embaixo da terra, onde se deita sobre leito de folhas. Nele dá à luz 4 ou 6 filhotes, todos do mesmo sexo, de pele lisa e desprovida de carapaça. Tem de 7 a 9 cintas móveis na couraça córnea, quando adulto, e vive à beira da mata e nos campos, cavando seus buracos, onde se refugia e procura eventualmente seus vermes prediletos durante o dia.

À noite sempre se desentoca, à cata de formigas, cupins e larvas de cigarras que praguejam os cafezais, denunciando o mal – com sua escavação – em primeira mão ao fazendeiro. Longe de agradecer-lhe como combatente natural da praga, o homem o distingue como tatu-galinha e saboreia a carne de tão útil animal, preferindo-a à do tatu-bola e à do canastra.

Apesar de tão maléfico predicado, sua situação não é tão crítica quanto a deste último, seu primo gigante, pois uma maior distribuição geográfica permite-lhe escapar do Brasil. Ao contrário daqui, nos EUA sua população está se espalhando em direção ao norte do país, com o que contamos invejosamente – para sua preservação.